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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Continuando a História............

Capítulo 3...................................



Passou a sexta-feira... E chegou o sábado. E com ele, todo nervosismo possível! Eu acordei pontualmente às nove horas com a ajuda do meu relógio despertador, afinal, não queria dormir demais e acordar com olheiras, nem acordar cedo e ficar cansada pra festa,levantei, e fui tomar café, meu pai me perguntou se eu iria na tal festa, como ele diz, acho que foi uma tentativa de que eu percebesse que ele não queria que eu fosse e disse-se que não iria, mas apenas respondi que sim e o silêncio pairou sobre nós outra vez. Meu irmão tinha ido dormir na casa da tal loira, e pelo jeito parecia que estava ficando sério. Meus pais começaram a conversar, e foi ai que eu aproveitei pra sair da mesa, fui dar uma caminhada e voltei apenas para o almoço.

Ainda não tinha programado o roteiro do meu dia, então após o almoço, fui direto para o banho, depois apenas fiquei deitada, até as cinco horas, quando acordei assustada, mal tinha percebido que havia dormido ha duas horas, peguei uma fruta, e logo depois comecei a me arrumar, afinal, eu teria que estar deslumbrante e não podia me atrasar ! Comecei pela maquiagem, resolvi passar uma sombra preta, com uns detalhes cinza, e passei um delineador por cima, logo em seguido apliquei muita mascara para cílios, passei um batom vermelho discreto, um pouco de pó compacto, blush e uma hora depois já estava com o make pronto. Arrumei meu cabelo e quando terminei, já eram 19h30min.

Por sorte só faltava o vestido e as sandálias. Logo que sai do quarto totalmente pronta, meu pai me olhou de cima a baixo como se estivesse sentindo que eu iria fazer algo errado, mas eu não liguei, afinal não iria fazer nada de errado, apenas ia para uma festa, com um gatinho, me divertir. Ele disse que teria que estar em casa até a uma da manhã, achei um absurdo, mas não protestei pois sabia que ele diminuiria pra meia noite. Desci as escadas sentindo meu coração acelerar cada vez mais, já eram sete e cinquenta e cinco nada do Richard, mas quanto foi oito horas em ponto, um carro preto parou na frente da minha casa, a partir dai eu já estava ligada no automático, minhas reações não dependiam mais de mim, eu não sabia direito o que estava fazendo, e por um segundo pensei em desistir da festa e do Richard, mas sabia que se fizesse isso, ia me arrepender pelo resto da vida além de deixar passar talvez o meu príncipe pelo qual eu tanto esperava !

Logo vi saindo do carro, enquanto eu fechava o portão, ele era realmente perfeito. Era até mais lindo do que nas fotos, assim que me virei de frente após fechar o portão ele já tinha aberto a porta do passageiro para eu entrar e estava me esperando de pé encostado no carro, ele estava com uma calça social preta, e um paletó aberto com uma camiseta branca por baixo o que realçava ainda mais o seus olhos, no qual eu me perdi, como se estivesse olhando pro mar, pro infinito. Mas alguma coisa nele não seguia meu 'roteiro' de que quando chegasse meu príncipe ele me olharia diretamente nos olhos, ele primeiro olhou pro chão rindo com um ponto de timidez ou falsa timidez e depois me olhou de cima a baixo, como se a coisa que menos importasse, fosse meus olhos, ou quem eu sou. Logo resolvi que se ficasse a pensar daquela forma, poderia começar a evita-lo e ai sim iria ficar pensando se ele é ou não meu príncipe.

-Oi, prazer, Clara- Eu disse com um sorriso seguro indo na direção dele, e cumprimentando-o com um beijo no rosto, e logo em seguida me afastei e passei a mão no cabelo pra dar um charme.

-Olá Clara, o prazer é todo meu, eu sou o Richard como... Você já sabe. Aquele sorriso lindo parecia que não iria nunca mais sair do rosto dele, e me senti envergonhada, por lembrar que já tínhamos nos apresentado por e-mail.

Ele fez um gesto com o braço pra eu entrar no carro segurando a porta, e logo que entrei ele fechou a porta delicadamente e enquanto dava a volta pra entrar no carro, deixei escapar um suspiro, logo ele entrou no carro fechou a porta, colocou o cinto de segurança e antes de ligar o carro e começar a dirigir olhou fixamente pra mim, eu estava distraída olhando pra baixo, mas pude notar que ele estava imóvel então olhei pra ele, que estava com um semblante nem sério, nem rindo, eu dei um risinho tímido, foi quando ele começou a falar, ainda sem ligar o carro:

-Pelo jeito a Giovana não exagerou nem um pouco quando disse que você era linda!

-Ela só devia estar ... -me faltaram palavras e logo veio o medo, a insegurança, a timidez, então olhei nos olhos dele e antes que pudesse continuar ele disse:

-Completamente certa. E abriu novamente aquele lindo sorriso, eu não me contive e também abri um largo sorriso erguendo uma sobrancelha sem contestar nada, foi então que ele ligou o carro e deu partida, começamos a conversar ele me perguntou o que eu gostava de fazer, se gostava de ir ao cinema, o que fazia nos finais de semana, se preferia sair ou ficar em casa, enfim, fez várias perguntas, das quais eu fiz pra ele também, dava pra perceber que ele era do tipo de que não suportava passar um fim de semana em casa, ao contrário de mim, que com um filme e uma pipoca, já me contento.

Pelo visto eram poucas as coisas que tínhamos em comum. Depois dessas perguntas e respostas, chegamos ao local da festa. Era um salão em uma área da cidade mais reservada, onde não tinha muito movimento e a casa mais próxima ficava a um quilômetro. Ao passarmos pela lista de convidados, pudemos entrar, estava tudo muito lindo, a Giovana tinha pensado em cada detalhe, decoração, barmen, musica, convidados...

Como estava com o Richard e não conseguia achar ninguém ali que eu conhecesse, tive que ficar perto dele a maior parte do tempo, mas ele avistou em um dos cantos do salão, uma roda de garotos ele se aproximou deles me deixando pra trás, depois de alguns passos parou, e olhou pra mim, como se estivesse falando pra eu o seguir, sem outra opção, eu fui atrás, e vi que ele não era nem um pouco do tipo cavalheiro, a coisa mais 'educada' que ele fez desde que nos conhecemos foi abrir a porta do carro e conversar comigo quando não tinha ninguém por perto, ele e os amigos começaram a beber e depois de algum tempo percebi que ele nem se lembrava de que eu estava ali, ainda mais quando uma morena alta, com um vestido vermelho hiper justo, começou a se assanhar pra ele. Foi então que sai do salão, e tentei telefonar para a Cecília, com a esperança de que ele estivesse ali e pudesse me dar uma carona pra casa, afinal pra mim a festa já tinha acabado.

-Alô?

-Cecília? Oi, é a Clara, você ainda está na festa?- Disse quase chorando, gritando, de desespero.

-Clarinha, claro que estou, cadê você?

- Estou no banheiro do salão. Por favor, me encontre aqui em 15 minutos, se é que eu vou aguentar!-Mas o que houve Clara?

-Depois te explico... Tchau!

E assim que desliguei o celular desabei a chorar. Eu fui muito tonta de acreditar que na primeira eu já iria encontrar o meu príncipe. Humpf. Nem sei se ele existe.

 

 

 

 

 

 

 

 

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